QUANDO O PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO FARÁ PARTE DO SEU PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO?


De um apanhado definições podemos resumir o termo planejamento estratégico como uma competência da administração que auxilia gestores a pensar no longo prazo de uma organização. Os tópicos mais presentes nos textos de especialistas são: missão, visão, objetivos, metas, criação de planos de ação e seu posterior acompanhamento.

Na prática, é raro vermos a inclusão do planejamento tributário como parte do plano de ação, e este fato tem me incomodado bastante. A carreira desenvolvida na área consultiva me permitiu conhecer um variado número de empresas, as quais utilizo como amostra para diversas análises. 

Em se tratando do tema em questão, pude perceber que poucas empresas entendem realmente a importância desta matéria, por vezes tão essencial quanto a comercial. Estratégias de vendas e mercado são imprescindíveis para longevidade de qualquer negócio, contudo, ter um preço mais atrativo ou um resultado mais encorpado garantem estabilidade, ajudam as empresas a passarem pelas crises econômicas com um menor números de cicatrizes. 

Às poucas empresas que se interessam pela matéria sofrem ainda com a qualificação e ética dos profissionais. Em minha trajetória encontrei equipes dedicadas apenas em empresas bilionárias, a grande maioria depende da atuação de terceiros que nem sempre são sérios.

Meu objetivo com este artigo é alertar, tanto aqueles que ainda não perceberam a importância do planejamento tributário, quanto aqueles que já iniciaram este processo. Neste sentido, listo a seguir os erros mais comuns em sua execução:

1) Escolha do Regime Tributário: muitas vezes às empresas optam pelo Simples Nacional ou pelo Lucro Presumido por receio dos custos operacionais do Lucro Real. É cediço que o Lucro Real demanda maiores controles, mas é preciso conhecer os benefícios para avaliar o caminho a seguir. 

2) Planejamento Parcial: outro erro comum é considerar apenas um ou outro tributo no planejamento. O melhor formato deve ser avaliado de maneira global, já realizamos diversos projetos de sucesso em que houve o acréscimo de carga em um tributo isolado.

3) Achar que não precisa de Planejamento Tributário: planejamento não deve ser visto como ônus, mas sim como investimento. Taxar esta matéria como custo é não compreender o seu potencial de aumento do lucro. No Brasil, cerca de 1/3 do faturamento das empresas é consumido por impostos.

4) Misturar Oportunidades Administrativas e Judiciais: algumas oportunidades tributárias não apresentam segurança para o gozo imediato, sendo recomendado o ingresso com ação judicial. Contudo, temos nos deparado cada vez mais com profissionais que orientam os empresários de maneira contrária, sem alertar os riscos envolvidos. 

5) Ausência de Acompanhamento: não basta realizar o estudo, sua revisão deve ser periódica, as leis se alteram com frequência, assim como as perspectivas empresariais.

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